quarta-feira, 15 de maio de 2013

Estilo Resto Call


Um pouco sobre o estilo Resto Cal O estilo Resto Cal é derivado do Cal-look e foi criado para ter maior liberdade de expressão na customização dos carros. Acessórios são benvindos, mas sempre com a intenção de dar um ar “vintage” ao carro. A mecânica pode ser original. Resto vem de “restauration”, ou seja, são carros restaurados, detalhados e bem cuidados. O dono de um Resto vai a eventos, viaja, mas o que ele gosta mesmo é de desfilar.

Detalhes do estilo Resto Cal:-As carrocerias não podem ter alterações na carroceria, apenas a adição de acessórios, como bagageiros, espelhos, etc;-A pintura devem ser originais, "eventualmente" as vibrantes, metálicas ou saia e blusa;-Suspensão deve ser totalmente baixo, quadro dianteiro encurtado;
-Motor pode ser original ou preparado, dependendo do gosto e do bolso, porem sempre boxer;-Rodas devem ser de época e exclusiva pra vw's ou derivados da porsche, as mais usadas são 5 spoke, BRM, sprint star, fuchs, cosmic e mais algumas;-Interior original ou leves modificações, com materiais nobres;-No painel só é permitido pequenas modificações com acessórios de época.













sábado, 11 de agosto de 2012

!!! Foto do Dia !!!


EMPI Inch Pincher – A saga do mito

Empresas alemãs se esforçaram para emplacar no mercado norte-americano. A DKW caprichou no seu acabamento interno, já a Volkswagen até câmbio automático ofereceu nos seus fusquinhas – mudanças para se adequar ao gosto dos novos consumidores e também as leis locais.



Na Califórnia, junto do crescimento destes carrinhos no mercado, uma concessionária que vendia veículos e acessórios para Porsche e Volkswagen, a EMPI (Engineered Products Inc Motor) de Joe e Darrell Vittone, buscava a consolidação do seu nome.

Foi nela que Dan Gurney comprou um Porsche Speedster  com o qual começaria a sua vitoriosa carreira, aproximando os donos do negócio californiano do excitante mundo das corridas. Desta aproximação surgiu logo a idéia de divulgar a marca nas pistas, mas o mundo das arrancadas foi quem atraiu os californianos.

Passaram então a investir e aprimorar um pacato modelo oval 1200, de 1956. Este carro vermelho era veículo de uso diário do filho de Joe, Darrell Vittone, e iria começar suas aventuras no mundo das arrancadas.


Para sua primeira competição, o Nassau Bahamas Grand Prix, durante o verão de 1963, ele ganhou preparação leve: Kit Okrasa, escapamento 4×1, barra de torção na dianteira e compensador de cambagem atrás.

Os resultados foram péssimos, então uma preparação mais forte foi realizada. Agora o fusquinha arrancava com dupla carburação e novo kit de pistões, num acerto feito por Dean Lowry. O carrinho vermelho começava a colecionar vitórias e ganhava um apelido: “Inch Pincher” – o pequeno invocado encarava carros bem mais “brabos” que o seu compacto motor.



A afirmação veio no seu segundo Bahamas Grand Prix – 1964, quando ganhou cara de carro de competição e subiu de categoria. Teve o interior totalmente depenado para alívio de peso, o bloco do 1200 agora usava uma caixa de câmbio Porsche para dar tração aos pneus especiais de arrancadas.

Em 1966 já era um ícone.  Aparecia em capas de revistas especializadas  numa combinação de pintura vermelha, rodas BRM e a janela traseira maior – dos modelos que eram vendidos na época . O motor cresceu para 1952cc, ganhou componentes do Porsche Super 90, da Okrasa e dois Weber 48, virando o ¼ de milha em 12,7 segundos e atingindo 127 mph.



A mudança seguinte foi uma nova pintura, com chamas e o uso de fibra de vidro nas aberturas para alívio de peso. Essa configuração encerrou a série “Inch Pincher”, batendo o ¼ de milha em 11.80 segundos, seu sucessor chegaria na forma do psicodélico “Inch Pincher Too”.

Nos anos 70 Darrell Vittone decidiu construir o seu fusca de arrancadas, pois a pintura vermelha era muito ligada ao trabalho de Dean.  O chassi vencedor foi mantido, mas sobre ele sentou uma nova carroceria. Com diversas partes em fibra de vibro, vidros de acrílico, teto rebaixado e com um teto solar de lona (rag top), cheio de estilo como todo californiano gostaria de ter.

Essa carroceria, após a primeira aparição ainda na cor branca, ganharia a clássica pintura psicodélica com temas em amarelo, azul laranja e vermelho. A EMPI já era referência e a nova pintura tornou-se um clássico. De pôsteres até recriações em veículos de uso diário, Darrel atingia o objetivo de ter um carro com personalidade – e rápido, na primeira aparição com nova pintura fez o ¼ de milha em 12,09 segundos.



Em 1972 Darrel deixava a EMPI para fundar uma empresa de itens de competição. O seu antigo veículo de uso urbano seria então vendido e atualmente é lenda, perdeu-se.

Existindo ou não ainda o Inch Pincher Too original, o fato é que os catálogos da EMPI desde muito são objeto de desejo de quem anda em VW’s com mecânica a ar. E desses catálogos já saíram algumas réplicas dos pequenos endiabrados que davam trabalho nas pistas nos anos 60 e início dos 70.

Réplicas de época do modelo psicodélico vez em quando ainda são descobertas abandonadas, e resgatadas voltam ao asfalto.  Uma bela homenagem aos pioneiros, mesmo que numa linha de estilo onde a pouca altura e a frente com bitola reduzida  não permitam grandes velocidades – atualmente o culto aos VW a ar não está ligado necessariamente ao pedal do acelerador.

















Karmann Ghia TC


Lançado em 30 de agosto de 1970 no Salão do Automóvel de São Paulo, o novo VW Karmann Ghia TC, marcava uma nova era no mercado de veículos esportivos no Brasil. Mesmo mantendo diversos vínculos estéticos do seu antecessor, o TC basicamente era um novo carro, destinado a outro tipo de mercado, pois era mais caro.

A Karmann juntamente com o estúdio Ghia, foram os idealizadores do projeto, porém todo o desenvolimento do esportivo, ocorreu no Brasil sob a supervisão da matriz VW na Alemanha. O italiano, Giorgetto Giugiaro, foi o responsável pelo design. Ele se inspirou nas linhas do Porsche 911, principalmente nos detalhes da dianteira e conjunto optico traseiro do esportivo.

Vendido em uma única versão, o VW TC era equipado com motor 1.600cc de 65 CV, refrigerado a AR, com dupla carburação de corpo simples, que viria a ser utilizado também na linha VW Variant / TL / Brasília e Zé do Caixão. O câmbio manual de 4 velocidades, era o mesmo que boa parte dos veículos VW com motor AR utilizavam naquela época.

Com a adoção de freios a disco nas rodas dianteiras e um baixo centro de gravidade contribuíam também para que o VW TC continuasse com o apelo esportivo que a montadora queria no modelo.



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

!!! Foto do Dia !!!


Emis Art


A Emis nasceu no Rio de Janeiro, e seu fundador e proprietário era Eduardo MIranda Santos (daí o nome da empresa). Muitos anos depois, a fábrica foi transferida para Porto Alegre, onde hoje é a única fábrica gaúcha de buggies. Inicialmente produzia buggies no Rio de Janeiro, mas produziu também um minicarro urbano de mecânica Volkswagen: o Emis Art. Apesar de não ser um buggy, o fato do Art ter sido fabricado por uma empresa especializada em buggies faz com que este veículo deva estar na lista de carros que mudaram o conceito e estilo sobre carros de tamanho reduzido para os anos seguintes. De desenho simples, mas original, o Art antecipou o ciclo de carros de pequeno porte, utilizados preferencialmente nos grandes centros urbanos. Alguns o chamam de "smart brasileiro da década de 80". Em 1986 ganhou algum destaque no cenário nacional por aparecer na novela Cambalacho da Rede Globo.
Ele foi projetado pelo ortodontista Alfredo Soares Veiga, inspirado pelo Dacon 828, conforme relata o próprio Dr. Alfredo:

"Era início dos anos 80 quando vi o Nelson Piquet estacionando o primeiro Mini Dacon no paddock do autódromo do Rio de Janeiro . Nao resisti e cheguei bem perto, abri a porta e me sentei ao volante. Fiquei deslumbrado e pensei comigo mesmo: vou fazer um automóvel! Após um período de gestação de aproximadamente 9 meses, nasceu o ART. Fiz no início uma produção independente e depois me associei a Emis, tradicional produtora de buggies e outros veículos especiais, aqui no Rio. Em meados de 1987 encerramos a produção e é maravilhoso e muito gratificante ver os ART ainda desfilando por aí nesse Brasil. Tenho o primeiro automóvel montado, chassis 00001, funcionando e sendo usado quase que diariamente.

Devido à sua concepção, tem comprimento reduzido (3,10 m), com lugar para apenas dois passageiros sem porta-malas, sendo possível carregar alguma bagagem no pequeno espaço atrás dos bancos (algumas unidades são equipadas com pequenos assentos na traseira). Possui chassi próprio, do tipo tubular, construído em forma de duplo Y com perfis de aço, enquanto a carroceria é de fibra de vidro. Possui parabrisa, portas e vidros laterais de Chevette, vidro traseiro de Marajó, painel de Gol BX, ventilador de Voyage, volante de Passat, lanternas traseiras de Panorama, freios de Fusca 1600, além de lanternas dianteiras e faróis de Brasília.
O fato de possuir chassi próprio faz com que, diferentemente de alguns fora-de-série da época a direção do Art não puxasse para nenhum lado em linha reta, além de propiciar um comportamento neutro ao carro, como afirmou a revista Quatro Rodas ao testá-lo em julho de 1986: “Ele é absolutamente neutro e agarra firme no chão. Só nas curvas de alta é que sai um pouco de traseira. Mesmo assim seu limite é alto.”
O motor, como em muitos fora-de-série nacionais é o VW1600, nesse carro com dupla carburação acoplado a uma transmissão Volkswagen com coroa e pinhão iguais às do SP2, apresentando relações de marchas alongadas que melhor se adaptam ao baixo peso do veículo, reduzindo um pouco o elevado nível de ruído, que se deve principalmente à dupla carburação e ao escapamento utilizado, igual ao dos buggies Emis. O baixo peso do carro permitia a ele um desempenho muito bom, sendo apenas meio segundo mais lento que um XR3 na aceleração de 0 a 100 km/h, sem no entanto consumir muito combustível. Ao todo foram produzidos 153 veículos, 130 pela Emis e 23 sob a marca Emisul (nome adotado pela Emis após a mudança para o Rio Grande do Sul), até 1987, quando sua produção foi encerrada.